Ayuda
  • 551637117807
  • [email protected]
  • Rastrear pedido
Produtores de laranja na Sealba enfrentam desafios na comercialização

A cadeia produtiva de citros na região da Sealba — que inclui partes de Sergipe, Alagoas e Bahia — vive uma crise na venda de laranjas. Agricultores locais relatam perdas expressivas e uma incerteza quanto ao futuro da colheita, já que muitas frutas amadurecem nos pomares sem uma saída comercial viável. Luan Roger, produtor familiar de Rio Real (BA), maior núcleo de produção de laranja no Nordeste, avalia a situação como grave. "A floração ocorre, mas as frutas ainda permanecem nos pés. Como administrar tudo isso se as já maduras ficam sem comprador?", questiona o agricultor. De acordo com ele, mesmo com qualidade adequada para o mercado, a mercadoria não encontra interessados. "Já tentei vender para intermediários e fábricas, mas estão com capacidade cheia, sem espaço para receber mais.", lamenta o citricultor. A realidade atual contrasta com o cenário de novembro de 2024, quando a equipe do Canal Rural Bahia esteve em Rio Real. Na época, a valorização da laranja por tonelada incentivava os investimentos no setor. Hoje, entretanto, há filas de caminhões diante das fábricas de suco em Estância (SE) e relatos de descarte de frutas que não atendem aos padrões comerciais, devido às dificuldades de venda. Reginaldo Corsino, outro produtor da região, explica que o valor atual oferecido pela indústria — cerca de R$ 270 por tonelada — não cobre os custos de produção. "Hoje há demanda por laranja na plantação, mas o preço não incentiva. O valor da laranja de indústria está em R$ 270,00 por tonelada, o que não compensa. Acho melhor esperar uma melhora no preço antes de vendê-la. Para a laranja de mesa, o valor atinge cerca de R$ 500,00 por tonelada, mas o custo de produção fica entre R$ 350 e R$ 400. Por causa do preço baixo, a colheita e o transporte ficam prejudicados", relata. Marciel Germano, gerente de produção de uma fazenda em Rio Real (BA), demonstra preocupação: "Até agora, colhemos aproximadamente 10 mil toneladas, mas ainda há entre 15 e 20 mil toneladas nos pomares. Nosso ritmo de colheita está muito abaixo do necessário", afirma. A Secretaria de Agricultura de Sergipe informou que mantém diálogo com o setor industrial e com os produtores. Na Bahia, uma reunião com a Secretaria de Agricultura deve acontecer em breve. Entre as propostas, está a implementação de um “Censo da Citricultura” para coletar dados que auxiliem no planejamento da colheita e do escoamento. A data do encontro ainda não foi definida. Em reunião na última sexta-feira (1º), o representante da Tropfruit Nordeste, Diorane Morais Araújo, confirmou que a indústria continua operando. "Durante a colheita, movimentamos de 110 a 120 caminhões diários. Não paramos. Trabalhamos de domingo a domingo, recebendo laranja de produtores da Bahia e de Sergipe. Processamos cerca de 2 mil toneladas por dia", afirmou. A equipe do Canal Rural tentou contato com outras empresas e entidades do setor para obter informações sobre os preços e dificuldades relatadas pelos produtores, mas até o momento sem retorno. O espaço permanece aberto para comentários. Você também pode colaborar enviando sugestões de pautas. Siga o Canal Rural Bahia no Instagram e envie uma mensagem.

-23%
Sob Encomenda
-46%
Sob Encomenda
-22%
-51%
Sob Encomenda

Aôba, tá precisando de ajuda? Clica aqui no botão do Whats que nóis te ajuda uai